26/11/2024 - MERCADO
A Caixa Econômica Federal possui contratos pré-aprovads de financimento imobiliário com recursos da poupança que atingem o valor de R$ 20 bilhões, no entanto, o total disponível para essa modalidade de financiamento é de apenas R$ 3 bilhões. Para dar uma certa "proteção" aos interssados em financiar imóveis com taxas de juros mais baixas que as de mercado, a instituição bancária está prorrogando a validade desses contratos pré-aprovados, chegando até fevereiro e março de 2025.
"A Caixa estabeleceu novos limites de financiamento. Como medida de proteção às pessoas (que tem contratos pré-aprovados) está dando prazo de validade maior para concretizar seus contratos. Não queremos derrubar as operações em curso", explicou a Agência Globo Inês da Silva Magalhães, vice-presidente de Habitação da instituição.
Clientes tem reclamado do atraso para a concretização dos contratos de financiamento com taxa de juros de 12% dos recursos da poupança. A Caixa praticamente esgotou os recursos projetados para este tipo de contratação em 2024, que é de R$ 70 bilhões.
No início do mês de novembro, a instituição endureceu as regras de financiamento por conta da extrapolação dos valores. Os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza depósitos da poupança, só podem ser usados para financiar imóveis de até R$ 1,5 milhões, frente aos R$ 3 milhões permitidos antes das mudanças nas regras.
Também houve alteração na exigência do valor da entrada, já que a Caixou passou a financiar 70% do valor do imóvel no Sistema de Amortização Constante (SAC), e de 50% no sistema Price. Anteriormente o percentual financiado pela instituição era de 80% e 70% respectivamente. O cliente também agora só pode ter um financiamento ativo pelo banco público.
Segundo o vice-presidente de finanças da Caixa, Marcos Brasiliano Rosa, há uma percepção de que é a Caixa que tem de dar uma solução para isso usando os recursos do SBPE, dada sua grande participação de mercado no financiamento imobiliário (quase 70%). Ele lembra que outras instituições bancárias também enfrentam esse problema por conta da limitação dos recursos da poupança.
Brasiliano observa que a captação de recursos (funding) da Caixa cresceu 18% em 12 meses e 5,6% no trimestre em comparação com o trimestre anterior, chegando a R$ 1,6 trilhão. O saldo da poupança atingiu R$ 381 bilhões, alta de 8,1% no trimestre. A Caixa tem 37,4% do share de poupança.
A Caixa continua a buscar alternativas viáveis para captar recursos para o financimento da casa própria, entre elas a redução do depósito compulsório (parte dos recursos que os bancos recolhem no Banco Central). A Caixa defende uma redução de 5%, percentual este que segundo o banco não impactaria na inflação e teria efeito imediato. Porém, não se trata de uma simples decisão e depende da aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Outras opções de captação no mercado tendem a encarecer ainda mais o financiamento imobiliário.
Estão na mesa outras opções para o financimento habitacional, como a criação de um papel incentivado para captar investidores institucionais, como os fundos de pensão.
"Não tem bala de prata. O SBPE e o FGTS são duas fontes de financiamento importante, mas dão sinais de esgotamento. Mas temos que buscar outras alternativas para diversificar o funding", disse a vice-presidente de Habitação.
Fonte: https://exame-com.translate.goog/mercado-imobiliario/fila-de-espera-para-financiar-casa-propria-na-caixa-chega-a-r-20-bilhoes-e-banco-busca-alternativas/?_x_tr_sl=auto&_x_tr_tl=pt-BR&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_hist=true
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